Uma pesquisa feita em São Paulo comprovou que os bebês prematuros crescem mais e ficam menos estressados em contato direto com a mãe.
Nada mais gostoso do que ficar assim, coladinho no peito da mamãe. Cauã nasceu prematuro. Em vez de ficar o tempo todo na incubadora, os médicos decidiram que era possível manter ele perto da mãe até estar pronto pra sair do hospital. Ela passa doze horas por dia aqui: é o chamado método canguru.
Na posição canguru, em que o bebê fica na vertical, ele tem menos refluxo, menos risco de sufocamento e de parada da respiração durante o sono.
O contato com a mãe ajuda a manter a temperatura do corpo e facilita o desenvolvimento neurológico do bebe.
“Ele fica em incubadoras mas nos períodos que a mãe está presente, ele é colocado no peito da mãe pra ali manter, a mãe troca com ele a sua temperatura e faz o papel da incubadora”, diz Miriam Ribeiro Silveira, diretora clinica do hospital.
"A gente sente ele respirar, entendeu, é uma emoção boa”, diz a ajudante de cozinha Maria de Araújo.
Um estudo feito em São Paulo comprovou cientificamente o que era instintivo para as mães: ficar pertinho dos bebês faz bem para a saúde deles.
Os pesquisadores descobriram que o nível de cortisol, que é o hormônio ligado à ansiedade, ao stress e à depressão é menor nas crianças que foram cuidadas com o método canguru do que naquelas que passaram o tempo todo na incubadora.
Os pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo avaliaram 42 bebês que nasceram prematuros, com trinta e duas semanas em média. Uma parte deles foi colocada na incubadora logo depois de nascer e ficou longe da mãe. A outra parte foi submetida ao método canguru.
Os bebês separados precocemente da mãe produziram 30% mais hormônio ligado ao estresse e cresceram menos do que os outros.
“Cada vez mais a ciência vai comprovando coisas que a gente sabe. Que a presença da mãe é fundamental, do toque, do afeto, q podem ser coisas q a gente não pode palpar. Mas elas são fundamentais pra formação definitiva de um indivíduo com conseqüências pro resto da vida”, diz Marcelo Feijó de Mello, psiquiatra da Unifesp.
FONTE: Jornal Naciona - REDE GLOBO - edição do dia 18/04/2009
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